Wednesday, November 18, 2009

A desditosa e eterna Inês de Castro

Noticiam os jornais que, em França, casaram-se recentemente Magali Jaskiewicz e Jonathan Goerge. Bem, até aí nada demais. O curioso é que o Jonathan já morrera, Magali o exumou, metaforicamente, só para participar da cerimônia, mercê de um dispositivo do código civil francês que permite o casamento com pessoa falecida, caso já houvessse ela oficialmente dado início ao processo formal para realizar a união.
Ora, não disponho dos necessários engenho e arte para cantar com mestria os feitos lusíadas, mas, convenhamos, a inovação é portuguesa. D. Pedro, o Cru, já tinha feito o mesmo com Dona Inês de Castro, com a vantagem de que a defunta nubente compareceu à cerimônia. Afirmam os cronicões que os presentes tiveram de beijar a mão levemente putrefata da noiva, mas calam sobre se houve sexo na primeira noite - ou nas subsequentes...